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25-11-2012

Igreja de Ovar: Recuperar o passado para memória futura



Desde Novembro de 2011 que quem quiser encontrar Marcos Muge tem que se deslocar à Igreja Matriz de Ovar. O técnico de conservação e restauro abraçou a tarefa de recuperar a tribuna do Senhor dos Passos de Ovar, bastante degradada.
Desde que meteu mãos à obra que não param de surgir surpresas. O cenário encontrava-se coberto por uma camada de cortiça e a retirada deste material foi a primeira e complicada tarefa a que se propôs. “Após a devida autorização do senhor Padre Bastos, comecei a retirar a cortiça e verifiquei que esta se encontrava colada à parede com uma espécie de cola de sapateiro”, explica Marcos Muge.
À medida que foi retirando a cortiça, deixou a descoberto uma parede decorada por um fresco em tons de azul arroxeado até agora completamente desconhecido de todos. “A cor em que o fresco foi pintado faz todo o sentido”, refere Muge, “pois se esta sempre foi a tribuna do Senhor dos Passos, a cor roxa tinha todo o sentido”.
No cimo da pintura, encontrou uma inscrição com uma data: 1727. Mais uma vez, Marcos Muge tem uma explicação: “O Padre Lírio já fazia referência a uma alteração aos estatutos da Irmandade dos Passos de Ovar em 1727 e possivelmente esta pintura foi feita para marcar essa mudança”.
Ainda no altar do Senhor dos Passos, no interior da Igreja Matriz, depois de descobertos os frescos é agora altura de restaurar a talha dourada, ou o que resta dela. A talha é quase toda ela construída por madeira de castanho e carvalho e ainda apresenta alguma folha de ouro.
“Estava tudo podre e foi preciso um trabalho aturado de muita minúcia”, explica Muge, apontando para zonas já recuperadas que tiveram de ser reconstruídas, pois no seu lugar só havia buracos.
“Tudo é que, de origem, chegou até nós, é limpo, desinfestado e consolidado. As áreas onde nada sobrou, são reconstruídas”, descreve. “O objectivo é fazer um trabalho para memória futura”, sustenta Marcos Muge.
Curiosamente, ao reconstruir, Marcos Muge deixou ficar à vista uma fissura na parede do templo que se estima tenha sido uma consequência do terramoto de 1755 que também foi sentido nesta região.


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